21 novembro 2009

Parte III - Refúgio feliz!

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Ao entrar naquela casa, todas as lembranças vieram ao meu encontro. Tons e perfumes. Um misto de emoções que não sei como explicar. Notei que minhas lembranças não faziam juízo aquele lugar. Era como se a perfeição não pudesse ser captada pelos olhos.

Comparada com a cidade, ali era o paraíso sim. Silêncio. Sol. Verde. Ar puro.
Era difícil pra mim similar tudo ao mesmo tempo. Sensações que fazem bem a qualquer ser humano, mas vinte vezes mais forte a mim.
Fui para meu quarto e troquei de roupa. A segunda coisa que fiz ao chegar ao quarto foi colocar o notebook para carregar. Mesmo estando em meu refugio feliz, era preciso estar em contado com as pessoas que não pertenciam a ele.

Minha mãe estava sentada na varanda conversando com meu avô. E meu pai mesmo tentando estar ali, estava mesmo preocupado com o sinal do celular. Típico não?
Dei um beijo em meu avô e chamei Kurt para dar uma volta. Nosso cão não conseguia ser domesticado. E eu nem queria isso de fato. Era tudo inesperado com Kurt.

Corri com ele para a beira do lago. Brinquei, corri, joguei bola e depois me fiz de morta para ver se ele entendia que era hora de parar. Deitada naquela grama pensando em muita coisa. Coisas que não conseguiria pensar fora dali. Eu e um cão feliz deitado ao meu lado rosnando para a grama, como se o efeito do vento fosse um inimigo.

Fiquei ali a tarde toda. Dando espaço para meus pais. Dando espaço para mim. Apenas... Respirando.

Um comentário:

  1. você descreve muito bem
    e sim
    coloca sentimento nisso tudo

    e faz com que pequenos fragmentos tornem-se uma história boa de se ler

    =)

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