03 março 2012

I know the world's a broken bone, but melt your headaches call it home...

Caminhava sobre a areia fina que envolvia meus dedos, sem destino, sem parada, apenas caminhava.Sem olhar para trás, sem pensar no fim, na linha de chegada. Não via mais o ponto de partida.Não lembrava de onde vinha, para onde estava indo? Não importa.
Desci um pouco mais, ouvi o mar me chamar, ouvi alguém me chamar. Mas não pude atender, não conseguia parar... Estava presa no caminhar, no simples ato de seguir em frente, de não poder e nem ao menos suportar olhar para os passos que ao longo do tempo deixava para trás. De repente o mar tornou-se espelho e sem querer, pude olhar em meus próprios olhos e enxergar o que a muito tempo não conseguia. Era a marca do tempo em meu rosto, era tudo que me tornava real, humana. Marcas e danos internos que só eu sentia e nem assim conseguia explicar. Era o verdadeiro reflexo de mim.Sem máscara, sem medo de ter que parecer bela, sem pressa de chegar ao destino ainda inexistente.
E a imagem era de fato tão nítida que finalmente percebi que meus pés não estavam mais em movimento... Sentei-me a beira da praia e apreciei o perfeito som das águas e o cheiro do mar. Tentei segurar o máximo daquele lugar em minhas mãos. E ai percebi que apesar de não ter chegado ao fim da praia, havia encontrado e chegado a algo maior.
Tentava entender e juntar os cacos. Tentava enxergar quem era a mulher refletida na água. E por pequenos instantes havia me encontrado, tentando entender o que queria e para onde iria e acima de tudo tentando descobrir o que poderia me fazer de novo sorrir.

29 fevereiro 2012

E quando nada parece o que é...

Quero deixar claro que para tudo e todos existe uma verdade. A verdade do bem, do ma,l do julgar o que é bom e ruim.Enfim , verdade em tudo.
Existem verdades demais ou mentiras demais? Ou pior... Verdades escondidas que não conseguimos ao menos falar para nós mesmos. Verdades que tanto guardamos que nem ao certo sabemos de onde a tiramos.
Que o passado ainda vive em um pequena parte de nós, que a influência que temos, mesmo sem querer, existe por que somos seres movidos por lembranças. Movidos e envolvidos por emoções e lições que tiramos de situações que vivemos, que ouvimos, que imaginamos.Movidos por sensações, musicas, pedidos, palavras, separações... Situações que nenhum outro ser pode sentir por você, verdades que jogam em seu rosto sem pensar, verdades que não são verdades para você.
E no final tudo que parecia ser, saber e entender não faz sentido e nem precisa fazer...Apenas é, e ponto.