27 fevereiro 2013

Escrevendo sobre o escrever



Existe na minha vida duas coisas que me fazem bem e mal ao mesmo tempo:Ler e escrever.
Quando somos crianças e aprendemos a fazer essas duas coisas, os adultos acham isso mágico e nós? Nós acreditamos neles. Aceitamos o que eles pensam nesse momento: - Você conseguiu filha! Você é muito inteligente!

E logo depois de um tempo, de tanto você crescer e seu cérebro começar a se exercitar, aquilo que era mágico e maravilhoso- e inteligente- não passa de uma ação normal que todos são obrigados pelo sistema a saber fazer. No fim meus amigos, aquilo nem era tão mágico assim.

E depois de tudo isso, quando você cresce, acaba descobrindo que ler e escrever podem até ter uma certa magia se olharmos em questão que quando lemos algum livro muito bom, nossa imaginação cria imagens e sensações. Eu quando estou com o botão pessimista ligado, procuro pensar que nesse momento ai, de pura imaginação, nosso cérebro está procurando encrenca ou nos deixar tristes. Afinal, quando se imagina as coisas tudo dá certo né.

A verdade é que depois que você cresce, ler certas coisas não é muito agradável e escrever sobre sua vida pode lhe proporcionar encrenca.Uma vez, um certo amigo olhou para mim e apontando para meus cadernos disse: - Karenn, o que a gente pensa as vezes é melhor não sair da cabeça.Isso ai na sua mão é uma arma contra você.
Ok, ele pode até ter razão sobre isso.Afinal, se você tem duas irmãs curiosas elas com certeza vão ler suas coisas.

Mas o pior disso tudo não é isso meus caros.O pior se encontra nas cartas, e-mails, sms...Sabe aquele momento em que você percebe que precisa de mais? Sim, ai você se pega lendo cartas antigas que só vão te proporcionar uma coisa meu amor: depressão.
É, esse negócio de ler não me parece muito legal nessas horas...Então, chego hoje aqui na seguinte conclusão: As palavras tem um poder incalculável. Elas podem matar, podem fazer um bem extraordinário e também, podem te ajudar a colocar tudo para fora nos momentos oportunos.
Então decidi que quando for mãe e meu filho estiver aprendendo a escrever, não vou me contentar com a frase de sempre e chama-lo de inteligente. Vou dizer algo do tipo: Cuidado garoto, isso ai que você está aprendendo é muito sério ok?

26 fevereiro 2013

Ser mais

Não sei explicar o momento que estou vivendo.Uns quinze dias de férias da minha vida já seriam suficientes... Mas esse pensamento fica quase nulo, quando penso que não adiantaria de muita coisa, já que férias sempre tem um fim. E esse fim resulta na volta das praticas anteriores.
Não quero falar muito sobre o que realmente está acontecendo. Existem momentos esplendidos em que consigo enxergar só o lado positivo da coisa toda, mas existem aqueles baixos -baixos no nível de um poço bem fundo- em que nada supera a dor e lógico a falta de ar que sempre a acompanha.

Uma verdade sobre mim: Quando vejo que tudo não está no meu controle ou algo muito sério está para acontecer, meu cérebro entra em colapso e em seguida vem uma falta de ar que por sua vez, trás sua melhor amiga: a tremedeira.

Me encontro assim hoje, procurando oxigênio em lugares que talvez não encontre.Exercitando esse ato louco de escolha, processando as informações do jeito que dá e além de tudo isso, tentando seguir em frente por que parada em não posso mais ficar.
Ninguém deveria ter esse direito.

A verdade é que nada, nada mesmo pode me ajudar e nem ajudar ninguém quando tais sensações batem na porta. E o problema em sim nem está nisso realmente. O problema está na consequência da escolha, no futuro inserto.Está em sentir.
E depois de toda a tempestade, depois de ter analisado cada centímetro da situação, o problema literalmente está em nós e em nosso desespero por mais.Por ter mais, saber mais- e de verdade- ser mais.