14 abril 2012

É triste quando você sente falta do que não existe mais...

Estou vivendo um tempo em que pensar só tem dificultado mais ainda o que devo fazer. Tantas coisas pra pensar, para lembrar.
Percebi que tudo que tenho , eu realmente não conheço. Que eu, eu não sei quem sou ainda e o que desejo.
Não me considero normal e muito menos como meus pais desejavam. Não sou nada além de um ser humano demais que não sabe nada da vida, que não sabe o quer desta vida e que não queria se importar demais. Pelo menos não deveria.
O que sei é que no momento, devo me libertar do que me faz mal. Do que me prende e sufoca. Tenho que fugir de tudo que torna minha estada aqui mais difícil.
Mas como? Como fazer isso? Conseguir ser feliz?
A minha vida tem sido até hoje uma busca pela felicidade que nem mesmo eu sei se conseguiria conviver com ela. Será que eu consigo viver sem o drama? Sem traumas e curativos mal feitos?
Não sei a resposta para perguntas deste nivel. E no momento prefiro também não saber. Estou vivendo o agora acima de tudo. Protegendo o que ainda me resta, me esquivando do meu próprio mau.
Estou tentando, juro que estou.
Mas as vezes o melhor é aceitar o que não se pode modificar, ou deixar pra lá até que a luz do sol se apague.

03 março 2012

I know the world's a broken bone, but melt your headaches call it home...

Caminhava sobre a areia fina que envolvia meus dedos, sem destino, sem parada, apenas caminhava.Sem olhar para trás, sem pensar no fim, na linha de chegada. Não via mais o ponto de partida.Não lembrava de onde vinha, para onde estava indo? Não importa.
Desci um pouco mais, ouvi o mar me chamar, ouvi alguém me chamar. Mas não pude atender, não conseguia parar... Estava presa no caminhar, no simples ato de seguir em frente, de não poder e nem ao menos suportar olhar para os passos que ao longo do tempo deixava para trás. De repente o mar tornou-se espelho e sem querer, pude olhar em meus próprios olhos e enxergar o que a muito tempo não conseguia. Era a marca do tempo em meu rosto, era tudo que me tornava real, humana. Marcas e danos internos que só eu sentia e nem assim conseguia explicar. Era o verdadeiro reflexo de mim.Sem máscara, sem medo de ter que parecer bela, sem pressa de chegar ao destino ainda inexistente.
E a imagem era de fato tão nítida que finalmente percebi que meus pés não estavam mais em movimento... Sentei-me a beira da praia e apreciei o perfeito som das águas e o cheiro do mar. Tentei segurar o máximo daquele lugar em minhas mãos. E ai percebi que apesar de não ter chegado ao fim da praia, havia encontrado e chegado a algo maior.
Tentava entender e juntar os cacos. Tentava enxergar quem era a mulher refletida na água. E por pequenos instantes havia me encontrado, tentando entender o que queria e para onde iria e acima de tudo tentando descobrir o que poderia me fazer de novo sorrir.

29 fevereiro 2012

E quando nada parece o que é...

Quero deixar claro que para tudo e todos existe uma verdade. A verdade do bem, do ma,l do julgar o que é bom e ruim.Enfim , verdade em tudo.
Existem verdades demais ou mentiras demais? Ou pior... Verdades escondidas que não conseguimos ao menos falar para nós mesmos. Verdades que tanto guardamos que nem ao certo sabemos de onde a tiramos.
Que o passado ainda vive em um pequena parte de nós, que a influência que temos, mesmo sem querer, existe por que somos seres movidos por lembranças. Movidos e envolvidos por emoções e lições que tiramos de situações que vivemos, que ouvimos, que imaginamos.Movidos por sensações, musicas, pedidos, palavras, separações... Situações que nenhum outro ser pode sentir por você, verdades que jogam em seu rosto sem pensar, verdades que não são verdades para você.
E no final tudo que parecia ser, saber e entender não faz sentido e nem precisa fazer...Apenas é, e ponto.

14 fevereiro 2012

eu sinto falta

Sinto falta de uma época que não vivi.. E que mal tem nisso?

De um tempo em que The Beatles eram influencia, que música clássica fazia parte do cotidiano.
Que se sentar para comer era sagrado e tudo que vem com isso tudo..

Saudade do calor das melodias, do conforto que até hoje ouvindo Clair de lune ao acordar sinto.Saudade de sair cantando All my loving, dançando pelas ruas tristes de minha cidade.

Saudade da ousadia de Cazuza,do timbre de Renato, da sinceridade de Clarice.
Saudade do bom gosto de uma época que vivo em meus pensamentos...

O primeiro

(Este ano prometo ser mais presente.)

"E com tantas mudanças, tantos valores que não valem mais... A satisfação não se apega a mim. Eu quero mais, muito mais."

A vida tem mudado tão depressa, não tenho sentido ela passar. Só sei que tem passado, somente.Antes eu podia viver e pensar ao mesmo tempo, sobre o que falei, sobre o mundo, sobre amigos, sobre destino, sobre missão. E agora nada!
Não penso em mais nada. No momento estou fugindo de pensar no depois e nas reais participações que tenho feito na vida das pessoas ao redor.
Me revolto comigo mesmo pela aflição de não me sentir preparada para nada e isso vem corroendo cada osso do meu corpo, cada neurônio que possuo.E o que mais me incomoda é a busca infinita, sem limites pela felicidade..
Não mais a minha, mas as dos outros... Não é ser altruísta, é simplesmente não me contentar em fazer o que eu quero por esse motivo único ( EU quero). Penso demais sobre como os outros se sentirão ao ver, ao tentar entender...
É que a necessidade interior de ser aprovada é tão grande que nem sei. Talvez eu esteja ficando velha, ou pior... louca!