14 março 2014

Conspiracy- Paramore


Não sei mais como agir, o que fazer. Estou desesperada. Louca por um objetivo que sei que nunca será o suficiente. Como não pensar sobre algo que não sai da minha cabeça? Como? E o por que de me sentir tão só... Um vazio de viver só no meio de tantos.
De verdade sinto que perdi todas as minhas forças. Que não sei como mais me portar, me controlar e acima de tudo, me relacionar com tudo o que está invadindo minha vida.E são nessas horas que vejo o quão insegura sou, o quanto preciso me sentir viva, nem que para isso tenha que enfrentar perigos. Que no fim- pra mim- nem parecem tão perigosos assim.
O problema? Ah, o problema inicial é a falta de confiança em tudo que ronda minha vida. As pessoas mentem, assim como os cães latem e os passarinhos cantam. As pessoas machucam umas as outras, assim como o sol esquenta e o vento refrigera.  Isso meus amigos são fatos. E isso, isso não tem como mudar.
A vida não é nada além disso. Você respira, você dorme, você come.. ou não. Você arruma um emprego, gasta dinheiro. Descobre que gastar é muito bom, que comprar é legal e que ter e conquistar coisas é muito gratificante. E ai? Bom, ai você trabalha e trabalha para ter mais, para poder comprar mais. E tudo se limita a isso. Ter para ser. As pessoas não gostam mais de sentir. E quando sentem, sentem apenas dor. A verdade é que todo mundo vive assim. O dinheiro é necessário. Mas olhem pelo meu ponto de vista, se olharmos pelo ponto de vista racional, que merda de vida é essa? Qual é o propósito disso tudo?
Sei que este texto  pode parecer depressivo e recheado de raiva, mas não consigo entender...
Ninguém tem tempo. Ninguém se importa em viver. Em realmente preservar o que importa. E o que importa? As vezes nem isso se sabe.
Estou mal. E quem sou eu para falar alguma coisa? Há quem diga que estou me matando aos poucos... Mas de uma coisa hoje eu sei. E só por hoje, por agora gostaria de fazer: Me sentar na areia da praia.  Olhar para o horizonte e tentar não pensar em nada. Nada além do som do mar. Como seria perfeito, como seria bom me sentar naquela areia e me sentir infinita.

Um comentário:

  1. Tens razão em várias coisas. Penso que não tens em outras tantas. É verdade, a corrente é por ter, ter, ter, sem propósito. Mas há um imenso número de pessoas que não se enquadram nisso. Não estarás sozinha ao chegares na praia. Lá está cheio de gente que ama a vida e quer o melhor dela, quer apenas sentir o mar, as pessoas, a natureza, os pássaros. Em todos os lugares, se olhares bem, verás tais pessoas. Quando esqueço que estou com óculos de sol, às vezes penso que vai chover, que o céu ficou escuro. Logo rio e digo: que tonto, é o óculos de sol. A tristeza é, na maioria das vezes, um óculos de sol. Tira-o, pequena. Beijosssssssss

    ResponderExcluir