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PARAMORE- FRANKLIN
Ninguém gosta dela, ninguém a quer por perto. Todos a temem... O que podem também esperar do desconhecido?
- Eu não sei!
Os primeiros passos, a primeira vez que você pegou ônibus sozinho, o primeiro e drástico beijo, o primeiro tombo de bicicleta. O tempo passa sempre e aí você enxerga que para as coisas mudarem não precisa de nada extraordinário. Só precisa de tempo e de um acontecimento. Um acontecimento pequeno e simples.
Quando você pára, enxerga como tudo não é mais como antes. Como as piadas mudaram, o andar, a família, os amigos, e até o gato. Você não escuta as mesmas músicas, você não fala que vai sair de casa só porque brigou com alguém, e nem cismou com alguma música de comercial barato ou desenho.
Sua mãe não é mais autoridade real é amiga, seu pai é parceiro, seus amigos são irmãos que apenas nasceram em lares diferentes. Você não calça mais 34, seu jeans não é mais passado, sua comida? Miojo de galinha caipira. Seu café da manhã é um copo literalmente de café, e malhação? Nunca mais com isso!
As mudanças estão em todos os lugares.Em cada ponto de ônibus, em cada esquina, papelaria, casa de biscoito, farmácia, escola, lar, par. Então se tudo é assim, porque tanto medo? Pra que tanta urgência em mudar e ser alguém diferente... E pra que diferente?
- Eu repito, não sei!
É nós dois não sabemos e quer saber? Ninguém na verdade sabe. Seres humanos são assim, medrosos, ansiosos, estranhos, humanos demais!
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