09 outubro 2013

Seguindo as borboletas


Voltou ao vazio de não sentir. De não conseguir sentir o gosto das coisas... De viver, de contemplar o mundo e sua mania de pregar peças em tudo. Deixou-se levar, sumir em meio ao caos. As forças do não concreto pensamento sobre tudo. Contando a própria história na terceira pessoa para ninguém no mundo enxergar o obscuro, o confuso.

- Bem, uma amiga minha disse... Certa vez alguém pensou...

A vida foi dura. Castigou demais.Seus pensamentos foram devorados. Não conseguia entender e nem concluir suas interrogações. Não existia ponto final, não existia. Ao longo das horas apareciam algumas reticências e interrogações. No fim na noite sobravam as exclamações. Os gritos que ninguém podia ouvir.

Sem cor, sem música... Apenas sorrisos calculados.

Ela era duas. Uma outra pessoa vivendo dentro dela. Uma queria lutar e a outra apenas deixar o tempo passar e a areia da ampulheta cessar.

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