01 maio 2010

Personagens de tv

Ela morreu, sim morreu!


Quando a conheci ela era mais presente, estava em todos os momentos aqui. Estranho só ter percebido agora sua ausência.
Talvez me fiz o favor de esquece-la pois pensar em seu fim, pensar que de fato ela se fora sugasse minha vitalidade.
Incrível como fotos trazem de volta tudo que a gente enterra, tudo que com esforço mantemos morto, apagado dentro de nós.Não era de se esperar, ela de fato fazia e ainda faz falta.
Não entendo até hoje porque.Destino. Necessidade .Hostilidade contida em sorrisos rasos. Não sei, posso começar a imaginar onde ela possa estar.Com quem, como, sei lá mais o que. Afinal, ela é a prova de que existe membros fantasmas. Não me pergunte o porque de estar lembrando dela agora, agora que estou realmente feliz. Agora que descobri um universo diferente.
Ela ficava lá, sugando como uma esponja tudo que podia, tendo como foco todas as ações e passos.Posso até me iludir pensando que ela possa se lembrar aonde quer que esteja. Talvez não, ela sempre foi péssima com isso. Geralmente nem aniversário se lembrava. O orkut a ajudava nessas ocasiões, de tudo era péssima mesmo com isso. Memória, a sorte e o azar dela era isso, não ter memória! Esquecia-se do ruim, da parte trágica de sua vida.Mas não se lembrava das boas, das tardes de inverno ensolaradas.Totalmente fechada num mundo de imaginações e conflitos impessoais.

Ela era a senhora confusa. Toda a hostilidade do oposto, distribuindo sorrisos...Dramática demais, altruísta demais. Coisa de personagem, de pessoas inventadas para serem modelos do certo.

Ela nem sequer viveu, apenas existiu. A inventaram com o único propósito: Nos deixar loucos, loucos como ela. Provar para todos que a assistiam, que ela era uma parte de nós. Uma parte extravagante de nós. E quem são eles? E quem somos nós?
De acordo com pesquisas, o orçamento ficou alto, o sucesso ficou quase que inexistente e a falha toda se espalhou por ai.
Isso que dá usar outros como referencial, pegar modelos como espelho. Viver cogitando saídas de emergência, substancialmente ilegais ao meu ver. Coisa pouca, quase nada. Pura distração psicológica.


O seriado chegou ao fim!

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